terça-feira, 14 de outubro de 2008

Primeira semana de Estágio

O estágio teve início no dia 06 de outubro de 2008. Chegamos à Escola por volta de 13:00h. Fomos recepcionadas pela professora da turma, Adriana Resende, que carinhosamente acolheu a mim e Nilma. Toda a Escola se preparou para nos receber. Logo na chegada foi colocado um cartaz de acolhida à toda equipe de estagiárias. As portas das salas com frases de acolhimento e desenhos representando cada professora/estagiária.
Ao adentrar a sala, os alunos/as presentes nos aguardavam com muita alegria e com dois cartazes confeccionados por ele/as e a professora. Uma das alunas, Shirlei, muito tímida leu a mensagem para nós e nos convidou a contemplar o outro cartaz que trazia mensagens de todas as crianças da turma. Acolheu-nos com a mensagem de boas vindas. Em seguida, a professora nos apresentou à turma e pediu que todos/as nos respeitassem e cooperassem com o nosso trabalho da mesma maneira que são com ela.
A coordenadora da Escola, bem como a diretora, marcou presença na sala de aula e reafirmaram o pedido da professora em relação aos trabalhos realizados por nós. E se colocaram à nossa disposição no que precisarmos.
Nossa primeira aula aconteceu logo após o dia da eleição, o que dificultou um pouco o desempenho da aula programada. Nós conseguimos colocar em prática o que havíamos preparado, porém tivemos que realizar algumas adaptações para contemplar de forma satisfatória a aula planejada. Já que só estiveram presentes a neste dia nove alunos/as de uma turma de vinte e uma crianças.
Diante deste acontecimento, de mudança e readaptação de aula, é importante afirmar que o segundo dia de aula foi como se fosse o primeiro. Fizeram-se presentes dezesseis aluno/as. Nós, juntamente com as crianças que vieram na segunda-feira, os situamos sobre a aula, sobre os objetivos do estágio, nos apresentamos e, conforme o planejado deu início à aula.
Nesta primeira semana já pudemos perceber que o estágio é um período de adapção mútua e que requer bastante compreensão, equilíbrio emocional e autoridade junto à turma. Por um lado, as estagiárias querendo dividir com as crianças o seu conhecimento pedagógico. Por outro, as crianças se aproximando de uma situação que lhes parece nova e desafiadora. Ficamos numa situação que parece estarmos medindo nossas forças. Neste momento percebemos como as crianças são transparentes no que desejam e no que são, demonstram seu comportamento e, quase sempre as birras, a carência afetiva, a indisciplina e desobediência, necessitando muitas vezes de uma "força maior", digo, de atitudes da autoridade da estagiária para que consigamos realizar o nosso propósito de aula.
Compreendemos que o processo educacional é mais amplo do que os instrumentos que a própria universidade pode nos oferecer como disciplinas. A educação passa por sérias dificuldades que não podem ser sanadas apenas com o conhecimento teórico adaptado aos planos de aula. Por detrás de cada rosto de criança estão à expressão da educação familiar, os costumes, as crenças, o contexto sócio-econômico etc. Na verdade o fazer pedagógico é um desafio nos tempos atuais, e a presença da estagiária ou professora deve ser um instrumento de comunicação entre aluno/a e pais (tios, avós e outros tutores), de partilha de conhecimento, instrução e tantas outras necessidades emergentes no processo educacional.

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